Um bom projeto de rede exige estudo de campo, respeito às especificações técnicas dos equipamentos, inclusão do diagrama óptico, além de registro de qualquer modificação.
Conhecer a arquitetura completa da rede de um provedor, ou seja, por onde passam os cabos e a alocação de passivos e ativos de rede, é imprescindível. Afinal, o desenho ajuda a dimensionar a rede de maneira planejada. Além disso, dispor de um projeto de rede é essencial no momento de expandir o provedor.
Primeiramente, o provedor deve realizar um estudo detalhado da região que deseja instalar uma rede. A partir desse documento, será obtido o índice de penetração. Explicamos: o provedor deseja trocar a tecnologia de uma região que utiliza rádio para fibra óptica, devido à quantidade de assinantes, bandas a serem oferecidas ou serviços agregados (voz e TV). Sabendo desse índice, é possível montar um projeto de rede coerente com a quantidade de clientes definida. Assim, se o índice for 40%, a cada dez casas terão quatro clientes.
Além disso, um projeto de rede de um provedor deve detalhar desde o equipamento concentrador – que gerencia a rede executada – até o equipamento de acesso, o modem no cliente final. Ao longo do estudo, também devem ser documentados o meio físico a ser utilizado e o modo de atendimento ao cliente.
Veja nossas recomendações:
Faça um estudo de campo
Ainda que muitos provedores não tenham o hábito de fazer um projeto de rede detalhado em campo, é fundamental estimar a quantidade de assinantes e ter uma ideia da demanda a ser atendida por região. É esse detalhamento que vai fazer com que a prestação de um bom serviço seja garantida, além de evitar mais gastos e retrabalho frente a possibilidade de uma reestruturação de rede.
Respeite especificações técnicas dos equipamentos
Levar em conta as recomendações contidas nos informativos técnicos dos equipamentos adquiridos também é de extrema importância. Realizar suas próprias medições em um projeto de rede pode ser algo pouco preciso e que vai acarretar problemas no futuro, como degradação do sinal devido a desgastes naturais dos componentes – principalmente quando o cálculo envolve potências e cargas de produtos.
Lembre-se do diagrama óptico
Um projeto de rede deve obrigatoriamente incluir a realização de um projeto de diagrama óptico. Trata-se de um mapeamento de todas as fusões e conexões ópticas da rede. A partir dele, o responsável pelas fusões da rede poderá realizar suas funções de maneira mais segura e assertiva. O diagrama também será reaproveitado em futuras expansões do provedor.
Documente qualquer modificação
Mudanças na execução de um projeto são completamente normais. É comum que determinado equipamento não possa ser alocado no poste em que estava previsto e tenha que ser encaminhado para outro, por exemplo. No entanto, para minimizar os impactos das alterações, é importante que tudo seja registrado pelo provedor. Às vezes, uma mudança que parece insignificante, pode comprometer toda a rede. O ideal é que, ao fim da implantação, tenha-se um projeto as built, ou seja, fiel à rede implantada e que apresente todas as modificações feitas ao longo da instalação. Essa documentação vai servir ao provedor no momento de instalação de futuros clientes e para manutenções na rede.
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