COMO IDENTIFICAR E ENTENDER AS NOMENCLATURAS DE CABOS ÓPTICOS
Em função do tipo de aplicação a que se destinam, os cabos de fibras ópticas são classificados nos seguintes grupos de famílias:
a) cabos ópticos para instalações enterradas;
b) cabos ópticos para instalações em dutos ou para instalações aéreas por espinamento;
c) cabos ópticos autossustentados para instalações aéreas;
d) cabos ópticos autossustentados para instalações aéreas em longos vãos;
e) cabos ópticos para terminações de redes;
f) cabos ópticos para instalações internas;
g) cordões ópticos;
Abaixo segue um breve descritivo de cada tipo de cabo:
CABO ÓPTICO DIELÉTRICO ENTERRADO (DE):
Conjunto constituído por fibras ópticas tipo monomodo ou tipo multimodo índice gradual revestidas em acrilato, com elementos de proteção da unidade básica, elemento de tração dielétrico, eventuais enchimentos, e núcleo preenchido com material resistente à penetração ou propagação de umidade, protegidos por um revestimento interno de material termoplástico, um revestimento adicional de poliamida e um revestimento externo de material termoplástico. Deve ser aplicado preferencialmente enterrado em contato direto com o solo.
CABO ÓPTICO DIELÉTRICO PROTEGIDO ENTERRADO (DPE):
Conjunto constituído por fibras ópticas monomodo ou multimodo índice gradual, revestidas em acrilato, elementos de proteção das unidades básicas, elemento de tração dielétrico, eventuais enchimentos; e núcleo preenchido com material resistente à penetração ou propagação de umidade e protegidos por revestimento de material termoplástico, sobre o qual são aplicados um revestimento de poliamida e uma proteção externa composta de um duto de material termoplástico. Deve ser aplicado preferencialmente enterrado, em contato direto com o solo.
CABO ÓPTICO COM PROTEÇÃO METÁLICA PARA INSTALAÇÕES EM DUTOS (ARD):
Conjunto constituído por fibras ópticas tipo monomodo ou multimodo índice gradual revestidas em acrilato, elementos de proteção da unidade básica, elemento de tração, eventuais enchimentos, núcleo dielétrico resistente à penetração e propagação de umidade, proteção metálica e revestimento externo de material termoplástico.
CABO ÓPTICO COM PROTEÇÃO METÁLICA PARA INSTALAÇÕES ENTERRADAS (ARE):
Conjunto constituído por fibras ópticas tipo monomodo ou multimodo índice gradual revestidas em acrilato, elementos de proteção da unidade básica, elemento de tração, eventuais enchimentos, núcleo dielétrico resistente à penetração e propagação de umidade, proteção metálica e revestimento externo de material termoplástico.
CABO ÓPTICO DIELÉTRICO PROTEGIDO CONTRA ATAQUE DE ROEDORES PARA INSTALAÇÕES ENTERRADAS (DER):
Conjunto constituído por fibras ópticas tipo monomodo ou multimodo índice gradual revestidas em acrilato, elementos de proteção da unidade básica, eventuais enchimentos, e núcleo resistente à penetração de umidade, protegidos por um revestimento interno de material termoplástico, um revestimento adicional de poliamida, uma barreira resistente a ação de roedores e um revestimento externo de material termoplástico.
CABO ÓPTICO DIELÉTRICO PROTEGIDO CONTRA-ATAQUES DE ROEDORES PARA INSTALAÇÕES EM DUTOS (DDR):
Conjunto constituído por fibras ópticas tipo monomodo ou multimodo índice gradual revestidas em acrilato, elementos de proteção da unidade básica, eventuais enchimentos, e núcleo resistente à penetração de umidade, protegidos por um revestimento interno de material termoplástico, uma barreira resistente a ação de roedores e um revestimento externo de material termoplástico.
CORDÃO ÓPTICO MONOFIBRA:
Cordão óptico formado por um elemento óptico tipo monomodo ou multimodo, elemento de tração dielétrico e protegido por um revestimento externo em material polimérico retardante à chama.
CABO ÓPTICO DIELÉTRICO PARA APLICAÇÃO SUBTERRÂNEA EM DUTO OU AÉREA ESPINADO (DD):
Conjunto constituído por fibras ópticas monomodo ou multimodo índice gradual, revestidas em acrilato, elemento(s) de proteção da(s) unidade(s) básica(s), elemento(s) de tração dielétrico(s), eventuais enchimentos; e núcleo resistente à penetração de umidade e protegidos por revestimento de material termoplástico.
CABO ÓPTICO DE TERMINAÇÃO (CFOT):
Conjunto constituído por unidades básicas de cordões ópticos, elementos ópticos ou fibras ópticas, elemento de tração dielétrico, eventuais enchimentos , núcleo seco e protegido por uma capa externa de material termoplástico retardante à chama.
CABO ÓPTICO DIELÉTRICO AÉREO AUTOSSUSTENTADO PARA LONGOS VÃOS (LV):
Conjunto constituído por fibras ópticas tipo monomodo ou multimodo índice gradual revestida em acrilato, elementos de proteção da unidade básica, elementos de tração e sustentação dielétricos, eventuais enchimentos, núcleo resistente à penetração de umidade, e protegidos por um revestimento de material termoplástico.
CABO ÓPTICO AÉREO DIELÉTRICO AUTOSSUSTENTADO (AS):
Conjunto constituído por fibras ópticas tipo monomodo ou multimodo índice gradual revestidas em acrilato, elementos de tração e sustentação dielétricos, eventuais enchimentos, com elementos de proteção da(s) unidade(s) básica(s) e núcleo resistente a penetração de umidade, e protegidos por um revestimento de material termoplástico.
CABO ÓPTICO INTERNO (CFOI):
Conjunto constituído por cordões ópticos, fibras ópticas ou elementos ópticos tipo monomodo ou multimodo índice gradual revestidas em acrilato, elementos de tração dielétricos, núcleo seco e protegido por uma capa externa de material termoplástico retardante à chama.
Para você escolher o cabo de fibra óptica apropriado para sua aplicação é importante entender a nomenclatura encontrada nos cabos, pois só assim você vai conseguir identificar características importantes como:
– Quantidades de Fibras
– Se o uso e interno, externo ou subterrâneo
– Se a fibra é Monomodo ou Multimodo
– Tipo de Núcleo
– Tipo de revestimento
Você encontra a nomenclaturas de cabos ópticos impressa no próprio cabo e também na Ficha Técnica do produto.
NOMENCLATURAS DE CABOS ÓPTICOS SUBTERRÂNEOS
Os cabos subterrâneos são instalados em dutos ou diretamente enterrados. Os cabos subterrâneos em dutos são instalados geralmente em dutos de 4 polegadas (10 cm aproximadamente). Já o cabo subterrâneo diretamente enterrado é colocado no subsolo sem conduíte, e por isso deve ser projetado para suportar os rigores do ambiente, como suportar as ações dos fungos. As sobras destes cabos são feitas nas caixas de passagem, muito utilizadas em redes subterrâneas.
NOMENCLATURAS DE CABOS ÓPTICOS PARA REDE EXTERNA AÉREA
Para uso de cabos em rede externa aérea é preciso definir se o cabo será sustentado via cabo espinamento ou se será autossustentado. Também é importante saber se o cabo será instalado em vão de até 120 metros ou maiores. Abaixo segue o padrão dos nomes utilizados nos cabos de rede externa:
Os cabos de redes internas e externas, também conhecidos como indoor e outdoor possuem características e aplicações distintas. Os cordões e cabos internos geralmente são utilizados em ambientes internos e não tem proteção contra intempéries. Já os cabos CFOT podem ser utilizados em ambientes internos e externos, pois possuem capa externa com proteção contra intempéries. A recomendação na utilização destes cabos externamente é que sejam instalados espinados.
Definir a classe de retardância à chama dos cabos também é importante no projeto de uma rede. Os cabos possuem 4 designações básicas para a definição da retardância, que são elas:
CABO ÓPTICO GERAL (COG):
Indicados para aplicação vertical em tubulações com muita ocupação, em locais sem fluxo de ar forçado, em instalações em um mesmo ambiente ou em locais com condições de propagação de fogo similares a estas.
CABO ÓPTICO “RISER” (COR):
Indicados para aplicação vertical em poço de elevação (“Shaft”), em instalações nas quais os cabos ultrapassem mais de um andar, em locais sem fluxo de ar forçado, em tubulações com pouca ocupação ou em locais com condições de propagação de fogo similares à estas.
CABO ÓPTICO “PLENUM” (COP):
Indicados para aplicação horizontal, em locais confinados (entre pisos, forros, calhas, etc.) com ou sem fluxo de ar forçado ou em locais com condições de propagação de fogo similares a estas.
Cabo com baixa emissão de fumaça e livre de halogênios – “Low Smoke and Zero Halogen”(LSZH):
Indicados para aplicações em caminhos e espaços horizontais e verticais onde não há fluxo de ar forçado, ou em locais com condições de propagação de fogo similares a estas.
Abaixo algumas nomenclaturas gravadas em cabos internos e externos:
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