O roteador MikroTik, com o RouterOS, é reconhecido por sua flexibilidade e custo-benefício, sendo a espinha dorsal de inúmeros Provedores de Serviços de Internet (ISPs) e pequenas e médias empresas. No entanto, quando uma organização atinge um patamar de escala (high-availability), densidade de portas e exige suporte Tier-1 com garantia de serviço, a migração para plataformas enterprise, como a Juniper Networks com seu sistema operacional JunOS, torna-se uma necessidade estratégica.
A Juniper, com roteadores da Série MX ou SRX, oferece uma arquitetura desenhada para o Service Provider e Data Center, priorizando estabilidade, redundância e uma metodologia de configuração que reduz o risco de erros humanos. Essa transição, que envolve a mudança de uma lógica de scripts e menus (RouterOS) para um sistema hierárquico e declarativo (JunOS), é complexa e requer consultoria especializada.
Os Desafios da Tradução: Do RouterOS ao JunOS
A principal dificuldade na migração reside na diferença de filosofia entre os dois sistemas operacionais:
Característica | MikroTik RouterOS | Juniper JunOS |
Sintaxe | Estrutura de Menu (imperativa, estilo /ip firewall add... ) | Estrutura Hierárquica (declarativa, estilo set protocols bgp group EBGP peer-as... ) |
Configuração | Configuração é aplicada imediatamente (salva após export) | Configuração é feita em um modo de edição e aplicada com o comando commit (com rollback imediato). |
Filtros de Rota | Implementação direta no BGP/OSPF ou uso de Route-Maps simples. | Uso de Policy-Statements robustos e reutilizáveis (políticas separadas da configuração do protocolo). |
Redundância | Uso de VRRP ou Hot Standby (depende de scripts). | Funções nativas e modulares, Junos OS Evolved em Linux Kernel, com processos rodando como aplicações isoladas. |
Exportar para as Planilhas
O Desafio do NAT e QoS: Configurações complexas de NAT e Gerenciamento de Banda (Queue Trees) no MikroTik precisam ser traduzidas para o uso de Zone-Based Firewall e Class of Service (CoS) no JunOS, exigindo uma reengenharia completa para manter a performance.
Metodologia da Semeo Consultoria para Migração Juniper
A Semeo Consultoria aplica uma metodologia rigorosa, garantindo a integridade dos serviços de rede durante a migração para a plataforma Juniper.
1. Mapeamento e Análise de Funcionalidades
- Inventário Funcional: Levantamento exaustivo de cada funcionalidade do MikroTik (Regras BGP, OSPF, MPLS, túneis VPN, e segurança de rede).
- Tradução de Políticas: Criação de um “dicionário” que mapeia as regras e políticas do RouterOS para as equivalentes Policy-Statements e Filter Terms do JunOS, garantindo que a lógica de negócio seja preservada.
- Seleção de Plataforma: Recomendação do hardware Juniper adequado (Ex: MX204, SRX ou QFX) que atenda aos requisitos de throughput e escalabilidade.
2. Homologação e Pré-Implementação (Modo Rollback
)
- Configuração Declarativa: O JunOS permite que toda a configuração seja escrita e revisada antes de ser aplicada. A Semeo Consultoria implementa a configuração no staging (equipamento de laboratório).
- Testes de Roteamento: Validação dos protocolos dinâmicos (BGP e OSPF) no ambiente JunOS. A funcionalidade de
commit check
erollback
do JunOS é utilizada para garantir que a mudança não introduza erros. - Validação de Firewall e CoS: Testes de estresse para garantir que os filtros de tráfego e as regras de Class of Service (CoS) estejam funcionando corretamente, replicando o comportamento do MikroTik.
3. Execução e Treinamento
- Go-Live Coordenado: A substituição física é feita em uma janela de manutenção planejada, com fallback definido para o roteador MikroTik original, caso necessário.
- Treinamento em JunOS: Fornecimento de treinamento para a equipe de TI do cliente na sintaxe JunOS CLI, que é mais uniforme e robusta, facilitando o troubleshooting futuro.
- Documentação e Suporte: Entrega de documentação completa e suporte pós-migração para garantir que o cliente aproveite totalmente os recursos avançados, como MPLS e Virtual Routers, que o JunOS oferece.
Ao escolher a Semeo Consultoria para a migração para Juniper, sua empresa não está apenas trocando de equipamento, mas sim investindo em uma infraestrutura de rede de classe mundial, otimizada para performance, segurança e escalabilidade de longo prazo.
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